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Mostrando postagens de junho, 2013

O sentido da voz rouca das ruas

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Época traz opinião de analistas sobre o movimento que tomou as ruas do Brasil Como entender o que move milhares a protestar, na opinião de dez analistas convidados por Época Os protestos que se sucederam em velocidade e proporções espantosas nas ruas do país deixaram um rastro de perplexidade no público - e dissolveram, como ácido, os lugares-comuns que pautavam, até então, o debate político no Brasil. Jovens apáticos e alienados? Pense duas vezes. Uma classe média de bem com a vida que leva? Nem pensar. A dimensão do que acontece nas ruas do Brasil provoca muitas incertezas, mas não deixa dúvidas de que algo vai muito mal no país. O que exatamente? Época convidou analistas para refletir sobre as possíveis respostas a essas e outras incertezas ecoadas nas vozes das ruas. Pode-se especular sobre as causas dos protestos, mas os comentários colhidos deixam claro que o rumo dessa onda - e o futuro do país - está em aberto, à espera da próxima manifestação. E da próxima. E da

Virtualização das relações sociais

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A psicóloga e socióloga Sherry Turkle defende em seu trabalho que por conta dessa virtualização das relações os indivíduos estariam perdendo a capacidade de lidar com as complexidades das relações humanas. Mais especificamente, ela propõe que a despeito de pensarmos que estamos juntos e da sensação de companhia, estamos na verdade sozinhos. Logo, esse tipo de relacionamento virtual possui fragilidades do ponto de vista da vida e do sentido das relações humanas de fato. In: Paulo Silvino Ribeiro. Disponível em: http://www.brasilescola.com/sociologia/relacoes-virtuais-amigos-verdade.htm 

De olho na arte

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Quando uma imagem tem a capacidade de não apenas te fornecer o conteúdo dela própria, mas também de te fazer indagar sobre a origem, sobre a essência do que ela está fazendo contigo, então você tem um objeto que funciona como arte. Quando das minhas imagens, eu procuro engrossar as imagens, fazer delas o mais complicado possível para que as pessoas que estão olhando se perderem na trama de possíveis representações, no significados daquela imagem.                                              Vik Muniz Se as imagens estão cheias de memória, as imagens de Vik Muniz nos colocam em confronto com elas, já que se apropria das obras-ícone da história da arte e de objetos simples da estética do cotidiano. Mas, como diz no documentário:Nada é acidental. Não existe nenhuma diferença entre o representacional e o abstrato. Você está cansado de ver representações em formas abstratas e abstrações em coisas que são extremamente representacionais.É só uma questão de você controlar a

A gênese da sociedade individualista e consumista

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Um texto de  Michel Aires de Souza.  V ale a pena conferir esta belíssima reflexão: A sociedade do consumo  é a personificação da ilha de Ogigia, mencionada na Odisséia de Homero,  onde Ulisses ficou sete anos preso pela ninfa Calipso (aquela que encobre). Ela  vivia em uma gruta, na encosta de uma montanha. A ninfa  prometia a Ulisses eterna juventude e prazeres eternos  se ele ficasse com ela.  A ilha é conhecida na cultura grega como “Campos Elíseos”. É o destino dos heróis após à morte,   concebido como um paraíso, onde os homens virtuosos descansam. É um lugar florido, arborizante, de lindas paisagens,  onde os homens se divertem e vivem de prazeres eternos.  Ali seria encontrado o  rio Lethe, cujo significado grego é “esquecimento”, “ocultação”. Todo aquele que bebesse desse rio esqueceria sua vida passada.            A sociedade do consumo é o modo de produção e  reprodução material e espiritual  que expande e transforma o consumo de mercadorias  no principal

Planos e programas do Governo Federal

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Quer conhecer os Programas do Governo Federal? É só acessar este link  Planos e programas do Governo Federal

O que é ser alguém?

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A resposta a esta pergunta ou, mais especificamente, ao que é ser "humano", tem variado ao longo da história. Ela envolve visões contrárias, como acreditar que o homem é livre em suas escolhas ou que todos são regidos por determinismos Confira o olhar crítico de   Luís Mauro Martino é doutor em Ciências Sociais pela PUC/SP em seu artigo  http://filosofiacienciaevida.uol.com.br/ESFI/Edicoes/55/artigo209051-1.asp

O que é Meditar?

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O homem pode, de quando em quando, suspender sua ocupação direta com as coisas, desligar-se de seu contorno, desentender-se dele e, submetendo a sua faculdade de atender a uma torção radical, - incompreensível zoologicamente, - voltar-se, por assim dizer, de costas ao mundo, e meter-se dentro de si, atender à sua própria intimidade ou, o que é igual, ocupar-se de si mesmo e não do outro, das coisas. (...) Note-se que essa maravilhosa faculdade que o homem tem, de libertar-se transitoriamente de ser escravizado pelas coisas, implica dois poderes muito diferentes: um, o de não atender, mais ou menos tempo, ao mundo em torno, sem risco fatal; outro, o de ter onde meter-se, onde estar, quando saiu virtualmente do mundo. MIRÓ. Portrait II (1938).Madri. Muséo Nacional Centro de Arte Reina. Sofia São, pois, três momentos diferentes que ciclicamente se repetem ao longo da história humana em formas cada vez mais complexas e densas: I) O homem se sente perdido, naufragado nas coisas; é